Dominik Jasinski, Fábio Mestrinho, João Adolfo Nogueira, João Veiga, Marco Telmo Quintino, Mariana Martins, Sónia Barradas

Como Cegonhas nas Falésias

06, 07 e 08 Dezembro de 2024, Cineteatro Camacho Costa, Odemira

«Como Cegonhas nas Falésias» parte das características do Património Natural do território de Odemira – a Costa Vicentina é conhecida pelo fenómeno das cegonhas brancas que nidificam nas escarpas – a única colónia de cegonhas brancas que nidificam nas falésias em todo o mundo.

O que nos faz partir e o que nos faz ficar? Como se constrói uma casa?


Um espetáculo integrado no projeto Peças Mirenses II.



Entre a página em branco e a palavra que termina a história, entre o criador e a sua obra, entre o ser humano e a sua vontade, há tudo o que está no caminho.

O caminho é a viagem. Entretanto, certas paragens onde apetece ficar, certos lugares de onde é urgente partir. Predadores atentos à espera, sedentos. Noites no deserto onde é preciso descansar. Noites desertas onde apetece desistir. Sobreviver. O vento muda a rota, às vezes um bando para acompanhar, às vezes pares que se perdem no caminho. Às vezes o ninho que sobrevive à viagem, se for preciso reconstruir.

Certas cegonhas que nidificam nas escarpas da Costa Vicentina, abdicam da viagem migratória, contradizem a genética, evoluem para outra coisa, vivem em escarpas, apesar da queda iminente.

Também nós, cruzando com gente, deixando lugares, procurando outra coisa. Rostos. Risos. Histórias. Vidas que se cruzam. Vidas que se apartam. Caindo, levantando, caindo outra vez. Voando em círculos. Sonhando em círculos. Tentando outra vez. Sonhando outra vez. Insistindo. Chorando. Amando. Contra as estatísticas, contra a ciência, contra a certeza. Agarrando o impossível. Agarrando a vida sempre rente ao precipício. Construindo um ninho no topo de uma falésia, sabendo que um dia vai cair, escolher ficar.

Entre a partida e o destino, entre a realidade e o sonho, entre o nascimento e a palavra que termina a história, há o vôo.

A vida é movimento, o vôo é o mais alto a que chegamos e a viagem é tudo o que tudo é. 

Sónia Barradas

DATAS & INFO

06, 07 e 08 Dezembro de 2024

Duration

1 hora sem intervalo

Local

Cineteatro Camacho Costa, Odemira

Parceiros

Associação de Paralisia Cerebral de Odemira

CACO - Associação de Artesãos do Concelho de Odemira

Pastelaria Ginginha

Junta de Freguesia de São Salvador e Santa Maria

Creativos

Texto e encenação Sónia Barradas


Investigação João Adolfo Nogueira


Interpretação e direção de movimento Marco Telmo Quintino


Pintura e cartaz Dominik Jasinski


Vídeo Fábio Mestrinho


Música original João Veiga


Música original ao vivo Mariana Martins


Elenco da comunidade Anna Daley, Ana Sofia Cunha, António

Guerreiro, António Palma, Brenno Kaschner Russo, Marta Dias


Adereços Victor Barradas


Operação e montagem Pedro Rosa


Design Inês da Costa Rodrigues


Produção A Targala


Apoio à produção Aidan Cave, Catarina Barradas


Agradecimentos

Gonçalo Elias, Paula Canha, Telma Guerreiro, Tomé Lopes.

Apoio

CACO - Associação de Artesãos do Concelho de Odemira

Financiamento

Direção Geral das Artes, Município de Odemira.